O Desenvolvimento Orgânico da Liturgia

Como o Rito Romano se desenvolveu durante mil e novecentos anos — especialmente em momentos determinantes como a Renascença Carolíngia e o pós-Concílio de Trento? Quais foram e quais são os princípios por trás das reformas litúrgicas ao longo da história? Qual era o objetivo do Movimento Litúrgico no século XX? O que pensavam seus expoentes e quais princípios seguiam?

Esta obra fornece ao leitor a resposta dessas e outras questões. Vemos que, ao longo da história, a liturgia romana se desenvolveu tal qual uma árvore, sempre harmonicamente, nunca à base de criações de laboratório, e que, quando há mudanças litúrgicas inautênticas — ainda que aprovadas pela autoridade —, tais mudanças são rechaçadas depois de determinado período de tempo. Vemos também qual foi o desejo do Movimento Litúrgico: difundir a piedade litúrgica (entre o clero e os fiéis) em plena consonância com o princípio do desenvolvimento orgânico da liturgia. No entanto, entre seu desejo primeiro e o efetivamente realizado ao longo do século XX, há um abismo. É-nos importante, portanto, conhecer o pensamento, a influência e os princípios- guia dos expoentes do Movimento Litúrgico. 

“A primeira parte deste livro proporciona uma (necessariamente concisa) recapitulação das reformas litúrgicas ao longo da história do Rito Romano. Considera-se as reformas significativas e os princípios nelas atuantes. A segunda parte detalha as origens do Movimento Litúrgico e demonstra sua natureza como um movimento que, em primeiro lugar, busca levar a piedade litúrgica de novo ao seu lugar legitimamente central na vida da Igreja. A terceira parte detalha o trabalho de reforma litúrgica iniciada pela Pontifícia Comissão para a Reforma Litúrgica, em 1948, e levada a cabo às vésperas do Concílio Vaticano II. Estudamos as reformas decretadas pela Santa Sé ao longo deste período, bem como as atividades paralelas e os escritos do Movimento Litúrgico em relação às reformas litúrgicas.”

Por fim, este estudo se debruça apenas até antes do Concílio Vaticano II; o porquê disso, Bento XVI nos explica no prefácio que ele mesmo fez para esta obra: